terça-feira, 12 de maio de 2009

MES DOS ANIVERSARIOS


Saci no deserto e X cantam: Parabéns pra você - autor desconhecido

Bonjour madames e...monsieurs? ta certo isso? sabe deus...ENFIM..nao interessa...

Meu aniversario ontem gente! olha q legal, q emoção :D presentes, festa, comida e o unico dia no ano q o meu orkut BOMBA...foi legal...entao...aos meus agradecimentos:
  • Pros que me deram parabens via orkut, mensagem, ligaçao, codigo morse, sinal de fumaça etc, OBRIGADAAA!
  • E pros q nao me deram parabens pq esqueceram ou ficaram com preguiça d mandar scrap, td bem....sem bronca...soh nao esperem presente no proximo aniversario d vcs ¬¬

Outros aniversarios q passaram essa semana: Balonê (tambem conhecido como o cara q dormiu com o Bozo, Jesus, homem mariposa dentre outros...) no msm dia q eu, a enlouquecida dia 3, o Rica no dia 6 e tambeeeem no dia 6, meu querido aprendiz que nos apresentou pra dupla JORGE E MATHEUS (conto a storia no proximo post)...entao, PARABEEENS minha gente! tudo d bom pra todos nós, q a gnt tenha muita saude, suce$$o, maridos (e esposas) muito lindos, ricos e gostosos e tudo mais q vcs kiserem q se realize :D

Aos que fazem aniversario ainda esse mes, eu dow parabens nos respectivos dias :D

Bom...hoje eu nao to afimd e escrever muito mais q isso..entao vo colocar uma cronica q li a um tempao + q curti bastante...se nao tiverem afim, nao leiam...mas vale a pena :)

PALPEBRAS DE NEBLINA - Por Caio Fernando Abreu, em "Pequenas Epifanias"

Fim de tarde. Dia banal, terça, quarta-feira. Eu estava me sentindo muito triste. Você pode dizer que isso tem sido freqüente demais, ou até um pouco (ou muito) chato. Mas, que se há de fazer, se eu estava mesmo muito triste? Tristeza-garoa, fininha, cortante, persistente, com alguns relâmpagos de catástrofe futura. Projeções: e amanhã, e depois? e trabalho, amor, moradia? o que vai acontecer? Típico pensamento-nada-a-ver: sossega, o que vai acontecer acontecerá. Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará. Essas coisas meio piegas, meio burras, eu vinha pensando naquele dia. Resolvi andar. Andar e olhar. Sem pensar, só olhar: caras, fachadas, vitrinas, automóveis, nuvens, anjos bandidos, fadas piradas, descargas de monóxido de carbono. Da praça Roosevelt, fui subindo pela Augusta, enquanto lembrava uns versos de Cecília Meireles, dos Cânticos: "Não digas 'Eu sofro'. Que é que dentro de ti és tu? / Que foi que te ensinaram/ que era sofrer ?" Mas não conseguia parar. Surdo a qualquer zen-budismo, o coração doía sintonizado com o espinho. Melodrama: nem amor, nem trabalho, nem família, quem sabe nem moradia - coração achando feio o não-ter. Abandono de fera ferida, bolero radical. Última das criaturas, surto de lucidez impiedosa da Big Loira de Dorothy Parker. Disfarçado, comecei a chorar. Troquei os óculos de lentes claras pelos negros ray-ban - filme. Resplandecente de infelicidade, eu subia a Rua Augusta no fim de tarde do dia Tão idiota que parecia não acabar nunca. Ah! como eu precisava tanto de alguém que me salvasse do pecado de querer abrir o gás. Foi então que a vi. Estava encostada na porta de um bar. Um bar brega - aqueles da Augusta-cidade, não Augusta-jardins. Uma prostituta, isso era o mais visível nela. Cabelo malpintado, cara muito maquiada, minissaia, decote fundo. Explícita, nada sutil, puro lugar comum patético. Em pé, de costas para o bar, encostada na porta, ela olhava a rua. Na mão direita tinha um cigarro, na esquerda um copo de cerveja.
E chorava, ela chorava. Sem escândalo, sem gemidos nem soluços, a prostituta na frente do bar chorava devagar, de verdade. A tinta da cara escorria com as lágrimas. Meio palhaça, chorava olhando a rua. Vez em quando, dava uma tragada no cigarro, um gole na cerveja. E continuava a chorar - exposta, imoral, escandalosa - sem se importar que a vissem sofrendo. Eu vi. Ela não me viu. Não via ninguém, acho. Tão voltada para a própria dor que estava, também, meio cega. Via pra dentro: charco, arame farpado, grades. Ninguém parou. Eu, também, não. Não era um espetáculo imperdível, não era uma dor reluzente de néon, não estava enquadrada ou decupada. Era uma dor sujinha como lençol usado por um mês, sem lavar, pobrinha como buraco na sola do sapato. Furo na meia, dente cariado. Dor sem glamour, de gente habitando aquela camada casca grossa da vida. Sem o recurso dessas benditas levezas de cada dia - uma dúzia de rosas, uma música de Caetano, uma caixa de figos. Comecei a emergir. Comparada à dor dela, que ridícula a minha, dor de brasileiro-médio-privilegiado. Fui caminhando mais leve. Mas só quando cheguei à Paulista compreendi um pouco mais. Aquela prostituta chorando, além de eu mesmo, era também o Brasil. Brasil 87: explorado, humilhado, pobre, escroto, vulgar, maltratado, abandonado, sem um tostão, cheio de dívidas, solidão, doença e medo. Cerveja e cigarro na porta do boteco vagabundo: carnaval, futebol. E lágrimas. Quem consola aquela prostituta? Quem me consola? Quem consola você, que me lê agora e talvez sinta coisas semelhantes? Quem consola este país tristíssimo? Vim pra casa humilde. Depois, um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele. Guardei a minha no bolso. E fui. Não por nobreza: cuidar dele faria com que eu me esquecesse de mim. E fez. Quando gemeu "dói tanto", contei da moça vadia chorando, bebendo e fumando (como num bolero). E quando ele perguntou "porquê?", compreendi ainda mais. Falei: "Porque é daí que nascem as canções". E senti um amor imenso. Por tudo, sem pedir nada de volta.
Não-ter pode ser bonito, descobri. Mas pergunto inseguro, assustado: a que será que se destina?

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Noticias de ultima hora

"Wolverine vem coçar saco no Brasil e acaba gravemente ferido" - CP Urgente

"Gripe suína vem para o Brasil e pega dengue" - CP Urgente

Entao é isso....See ya modafocas!

3 comentários:

Lucas disse...

"Depois, um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele. Guardei a minha no bolso. E fui."
amo
te amo

Anônimo disse...

1ª. Parabéns pra todos vcs, mesmo os q eu nao conheço.
2ª. Crônica legal, ja sabes minha opinião.
3ª Hãin-meu-Deus-do-céu agora q a Gripe Suína e a Dengue se pegaram de jeito ("chegaram junto" - piada interna) elas digivolvem para DENGUÍNA????

Unknown disse...

huauhahuahuahuhuahuauhauhauhahuhua
sou eu fiz um post pra ti
HA
hehehehe